Reciclagem 2016: "De Castres para Roma"

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3° jornal da reciclagem

3º JORNAL DE RECICLAGEM _ 2016

 

 

 

Castres, 04 de novembro de 2016

 

 

 

 

 

Diário da  reciclagem  desde  16 a 31 de outubro

 

 

 

Chegamos em Roma no dia 16 de outubro. Um  novo  espaço  geográfico. Maria Filomena Mecabo e María Asunción nos esperavam.  As duas comunidades de Caná e a comunidade da Animação Geral nos recebem.

 

Chegamos carregadas de experiências pessoais e de certa maneira de algo diferente… um processo único acontece em cada uma, em comunhão com muitas  outras e especialmente  com o grupo e as pequenas comunidades.

 

Até aqui podemos dizer “ Temos visto e ouvido” a força carismática azul em Castres, e nas diferentes  comunidades visitadas nos diferentes lugares da França, para algumas em Barcelona também.  

 

Não queremos deixar de partilhar com vocês o significado da força do carisma azul junto aos leigos.

 

Ao chegar aqui, iniciamos o processo de adentrar-nos na história da congregação, a desfrutar o caminho da beatificação e canonização de Santa Emilie, a boa Madre, e a aprofundar os desafios e sentidos da vida religiosa hoje e esta com cor e identidade azul. 

 

As visitas a diferentes lugares entrelaçavam, conhecer e reconhecer o caminho feito na igreja de santos, testemunhos e mártires.

 

As festas de cada país fortalecem e animam este processo.

 

A primeira experiência eclesial e comunitária foi a canonização de São Gabriel Brochero, santo Argentino celebrado no dia 16 de outubro.

 

 

 

O que partilhamos  durante este caminhar histórico?

 

A irmã Maria Filomena nos introduz neste caminho, iniciando um  itinerário pelos arquivos, dando-lhe vida a cada espaço, trazendo para este presente a memória de nosso passado, através das cartas de nossa boa madre, respostas, intercâmbios valiosíssimos, assim como das diferentes etapas da história congregacional até nossos dias.

 

Visitando os lugares,  reconhecemos os espaços em que diariamente as irmãs trabalham para a congregação, a cada passo vamos sentindo e se converte em “nossa casa”.

 

Em seguida, somos convidadas a percorrer a história através das Madres Gerais iniciando desde Emilie, até a madre Sylvie.

 

Ao iniciar  nos expõe as diferentes teorias sociológicas,  assinalando como nelas existem decisões, opções ideológicas.

 

A proposta a ser abordada, é uma sociologia que nos ajude a compreender e transformar a realidade.

 

Em grupos, trabalhamos a visão e as perspectivas que se abrem  nela, a partir deste momento continuamos aprofundando em comunidade e em nível pessoal todo o longo processo histórico. São contribuições valiosíssimas, nos encontramos com mulheres consagradas que vibraram com as diferentes situações, que  aconteciam na igreja, na sociedade e no mesmo processo da congregação.  Notamos nelas que desde suas perspectivas históricas, religiosas  e visão do mundo, respondiam com coragem,  confiança, cuidando do carisma e a extensão do mesmo,  assim como a atenção delicada, muitas vezes personalizada às irmãs nos momentos mais difíceis da Congregação comunidade.

 

Concluímos este processo, sentindo que somos responsáveis em dar uma resposta, para nosso  tempo  histórico, com  visão dinâmica e compromisso em conjunto. Protagonistas, convidadas  e convidando  outras a continuar este chamado do carisma.  Nos interpela a continuar registrando nosso  momento histórico, sabedoras de que levamos um tesouro em vasos de barro.

 

 

 

Neste clima de, estar caminhando no sagrado da história, irmã Maria Luiza, partilha conosco o processo da beatificação e canonização de Santa Emilie. “ Nossa boa madre”, começamos com uma ação de graças a todas e todos os que foram levando, contribuindo  com este longo itinerário, iniciado após 94 anos depois da sua norte.  Dado não  menos significativo, pois é uma razão pela qual o processo de canonização foi um processo “histórico” e não testemunhal. A diferença consiste em que após tantos anos, já não havia testemunhas que pudessem falar sobre a pessoa. Foi um longo e em certos momentos duro processo. O importante é que hoje, celebramos com júbilo Santa Emilie.

 

 

 

Outro passo mais “ Caminhar, na Vida religiosa”.

 

Duas contribuições animam a reflexão: Irmãs Márian Ambrosio e a Geni dos Santos.

 

Guardamos algumas claves para continuar refletindo.

 

A vida religiosa não é uma ideia, somos nós “ neste aqui e agora”

 

Neste momento histórico e com as necessidades do mundo, dos seres humanos e do cosmos.

 

 

 

 

Um texto nos inspira: hoje a Ruhaj, o Espírito, nos oferece um tempo de renovação, há contribuições (jardineiros) que adubam a terra , nos convidam a estar alertas, a participar ativamente destes espaços eclesiológicos, de vidas consagradas, de teologias, das ciências, de nossas próprias práticas que dão elementos para ressignificar nossa consagração de discípulas.

 

Duas chaves importantes são necessárias neste processo de ressignificacão:

 

1- A chave do discipulado radical ( considerando-a como raíz)

 

2- A chave das relações evangélicas.

 

Três questionamentos nos interpelaram fortemente-

 

 O que somos?

 

Que fazemos?

 

Como o fazemos?

 

A chave foi sendo encontrada especialmente no Como o fazemos? Esta encerra a identidade marcando um estilo da vida religiosa AZUL.

 

 

 

O último dia, concluímos com um tempo para irmos elaborando nosso projeto pessoal.

 

Em seguida uma celebração realizada pelas três comunidades tornou possível uma bela ação de graças. O envio foi um momento emocionante realizado na capela da casa. A Equipe de Animação nos envia para nossas províncias e missão. Ir. Núria nos entrega aquele signo que será memória, ânimo em nossa cotidianidade comunitária e de missão.

 

Muito obrigada a todas! A todas as irmãs que tornaram possível este tempo de reflexão pessoal e comunitária.

 

 

 

 

 FINALIZAMOS, MUITO AGRADECIDAS, PARTILHANDO O ALMOÇO FRATERNO, SENTINDO O ESPÍRITO DE FAMÍLIA QUE NOS ACOMPANHOU NOS DIVERSOS MOMENTOS E SERVIÇOS RECEBIDOS DE NOSSAS IRMÃS DAS DUAS COMUNIDADES... Muito obrigada!!!

 

Queridas irmãs da Animação Geral Núria, Rosângela, M. Béatrice , Muito obrigada!!! Muito obrigada !!!

 

 

 

Comunidade Hauterive irmãs:

 

Conchita, Elisenda, Rosa B, Terezinha, Fermina, Dolores

 

 

 

 

Site da Congregação em português

 

Site da Congregação em francês

 

 


Do dia 16 ao 31 de outubro de 2016 - Reciclagem em Roma

Geni dos Santos Camargo, Irmã da Sagrada Família de Bordeaux, veio refletir com o grupo como ressignificar a Vida Religiosa Apostólica, hoje. E assim, o grupo de reciclagem/2016 caminha para o final deste tempo de aprofundamento e ressignificação da VR como Irmãs Azuis. Para terminar, uma celebração no jardim reúne todas num momento ação de graças e celebração da palavra. E, na capela do Romitello, após uma saudação à Maria, Núria, M. Béatrice e Rosangela entregam a cada uma o símbolo e lembrança da reciclagem chamando cada uma pelo nome e enviando-as às províncias de origem.

 

 

Foi via as superioras gerais que a história da congregação - desde 1853 com Madre Hélène Delmas até 1936 com a Madre Sylvie - foi revisitada pelas reciclandas que se entusiasmam muito e tomam consciência da necessidade de fazer registros significativos das comunidades onde vivem.

 

 

É realmente muito interessante, entrar em contato com os arquivos da congregação e dar-se conta da importância dos registros. Como bem dizia a Madre Théodosie - uma das primeiras gerais da congregação/1907 - "a 'família azul' gostará de conhecer a história e as fisionomias do passado".

 

 

Maria Luiza Ayres - postuladora da causa do processo de beatificação e canonização de Emilie - ficou uma tarde com as reciclandas e lhes contou todo o ardo caminho percorrido durante o processo. É um trabalho minucioso que exige muita persistência. Junto com Irene Tessarolo - secretaria geral da congregação - foram abertos os arquivos com uma infinidade de documentos que compõem os processos, tanto de beatificação como de canonização de Emilie de Villeneuve, Santa Emilie desde 17 de maio de 2015.

 

 

Na sequência, Ir. Márian Ambrosio, idp trouxe uma belíssima reflexão a partir do tema "Viver e testemunhar como mulheres religiosas de vida apostólica"; um olhar projetivo e esperançoso sobre o futuro da vida religiosa. Um desafio, porém: é preciso buscar uma nova visão sobre a identidade congregacional para que a missão de "despertar o mundo" fale alto nos lugares onde a VR está.

 

 

Um dia livre para ir em Assis visitar os lugares onde viveu de modo tão significativo São Francisco. Foi pouco tempo para conhecer a basílica, a casa dos pais de Francisco, igreja de Santa Clara, a porciúncula, a roseira, a escultura que mostra Francisco dialogando com o lobo, o museu ...

 

 

A visita ao museu do Vaticano com uma guia arqueóloga e muito entendida em arte, sobretudo Miguel Ângelo, tornou a visita muito mais rica. O grupo vive um momento de enriquecimento em todos os aspectos: convivência, estudo da história da congregação, espiritualidade e cultura.

 

 4ª feira, dia da audiência com o Papa Francisco. A multidão se movimenta ao ver o Papa apontar no papa-móvel para uma volta entre os fiéis. Logo em seguida, o pronunciamento do santo Padre, com suas palavras sempre muito profundas e carregadas de sentido para o mundo de hoje: "solidariedade, acolhida aos refugiados e aos sofrem. O cristão não pode deixar de ser solidário". A Praça São Pedro estava superlotada de peregrinos que imediatamente após o pronunciamento do Papa se dirigiam à Porta Da Misericórdia.

 

Após o encerramento do retiro em Castres, o grupo de reciclandas segue para Roma para dar continuidade a esse período de formação. Até agora estiveram no berço da congregação, a partir de 2ª feira, dia 17.10, no centro do cristianismo. Todas seguem seu caminho muito agradecidas à comunidade das irmãs da casa Mãe pela acolhida calorosa e pelo testemunho de vida que espalham em cada gesto do cotidiano. Que Emilie interceda por cada uma! Da parte das reciclandas, muito, muito obrigada!

 

 

O grupo das reciclandas/2016 é acolhido calorosamente pelas irmãs da Casa Generalícia, sede da Congregação em Roma. Na 2ª feira, dia 17, a celebração de ação de graças do Padre José Gabriel do Rosario Brochero, um argentino, na Basílica São Pedro e, depois, uma rápida visita ao Vaticano. Um tempo necessário para o grupo ambientar-se e iniciar a 2ª etapa do trabalho.

 

Com Maria Filomena Mecabo, iniciou-se o estudo da História da Congregação com o objetivo de "Olhar o passado com gratidão [...] Repassar a história para manter viva a identidade e também robustecer a unidade da família e o sentido de pertença [...] " .(Papa Francisco)

 

Muito interessante reler a história da congregação fundada por Emilie de Villeneuve por meio das cartas escritas pelas superioras gerais.

 


2° jornal da reciclagem 2016

 

 

 

Castres, 26 de outubro de 2016

 

 

 

Queridas Irmãs e Irmãos,

 

 

 

Como já anunciado no 1º Jornal de Reciclagem, 2016, no dia 10 iniciamos nosso retiro. Na abertura desta reciclagem Nuria dirigiu  algumas palavras nas quais retomou os objetivos a que nos propusemos: "O desafio da reciclagem consiste em recriar nossa identidade e pertença. Passagem do "eu" (identidade)... a nós (pertença) em sua característica inclusiva. Isto requer uma tomada de consciência que nos leva à profundeza de nosso ser e, a partir daí, falar em um processo deb integração e de humanização. Diz um provérbio que “quem se assemelha se reúne”. Nós estamos reunidas ao redor de uma memória, de uma realidade que buscamos tornar presente hoje e agora: Jesus Cristo, a partir do dom (carisma) feito a uma mulher: Emilie. Queremos nos atualizar numa maneira de viver e de tornar específico (espiritualidade). É nisso que nos assemelhamos.  A semelhança recria nossa pertença e esta se resume no apelo a seguir Jesus a partir de uma maneira específica ligada ao Carisma.

 

"Em sintonia com a experiência vivida por Emilie, em sintonia com os desígnios de amor que Deus tem por cada uma, pela humanidade e pelo cosmos a partir de um discipulado alternativo e inclusivo, que questiona nossos modelos e estruturas, consagração e cidadania, mística e profecia", foi a inspiração com a qual começamos nosso retiro, como mulheres tocadas em sua feminilidade e tocadas pelo olhar de misericordioso de Jesus.

 

Continuamos o retiro “em sintonia com a experiência de misericórdia vivida por Emilie”, rezando o texto de Lc 7,36-50: "Eu entrei em tua casa... (Lc 7,44b). Da mesma maneira que Jesus interpela Simão, nós nos dispusemos a escutar Jesus nos dizer: "Eu entrei em tua casa..." . No entanto, como o acolhemos? Jesus era o convidado, mas de repente toda a atenção parece girar em torno a uma mulher anônima que, sentada aos pés de Jesus, torna-se um modelo de mulher discípula, de mulher de interioridade, e de encontro. Ela se abre ao desígnio de amor de Jesus sobre ela.

 

Em que mobilizo minhas energias? qual meu essencial ou quem é meu essencial?

 

O texto de Jo 4,5-42 torna-se a referência de oração do terceiro dia, com  a presença de Jesus à beira do poço como a misericórdia que se dispõe a um encontro de pessoa a pessoa. Sem o saber, essa mulher é esperada nesse lugar de sua luta cotidiana. Um movimento surpreendente em se tratando de uma mulher, de uma samaritana cuja vida não é muito correta. Jesus se colaca na condição de um pedinte e a mulher se surpreende: "Como! Tu, um judeu, pedes de beber a uma samaritana? Ela é uma mulher instruída que se expressa; sabe que na Lei de Moisés não é permitido que um homem dirija a palavra a uma mulher estando sozinhos e que os judeus não estabelecem relações com os samaritanos. Em tais condições, somente o rosto humilde e misericordiosos de de Deus para direcionar-se a tal mulher. Para não desconcertá-la, Jesus lhe dá uma resposta que permanece na lógica da pergunta e do dom: "Se conhecesses o dom de Deus... serias tu quem lhe pedirias e ele te daria a água viva..." Jesus inverte, assim, a relação convidando a mulher a abrir-se ao dom. Ela se torna uma missionária da Boa Notícia e se tranforma numa ponte de encontro entre Jesus e os samaritanos a quem leva ao mesmo lugar de sua experiência - ao redor do poço. Nesta etapa em que me encontro, que vida ofereço?

 

A misericórdia como rosto feminino de Deus foi o foco do 4º dia. A relação que une Deus à humanidade é somente baseada na misericórdia. Deus poderia ter abandonado a humanidade em seu pecado após a queda de Adão e Eva, mas Ele é um apaixonado pelo ser humano, por isso cria estratégias para o homem e a mulher recuperarem a dignidade de filhos e filhas de Deus. Da mesma forma Emilie tinha um mesmo objetivo nas obras que empreendeu e que continuamos hoje: viver em sintonia com a vontade de Deus, coluna vertebral de nossa espiritualidade. 

 

Após um dia buscando redescobrir a identidade do Deus de Emilie, unimo-nos aos peregrinos de Emaús Lc 24,13-35. Jesus se reúne a eles no meio do caminho e lhes abre uma perspectiva diferente, uma nova interpretação da realidade. Sua presença faz arder o coração. Daí surge o convite: “Fica conosco!”  Aqui atingimos uma nova dimensão de nossa trajetória. “Eis que estou à porta e bato... Eu entrei em tua casa... Fica conosco, Senhor! Da mesma forma que a descoberta do Deus de Emilie, o encontro com Jesus oferece uma nova visão, alarga o olhar, muda o coração e o espírito, transforma a partir de dentro e ajuda a reler a realidade com novo olhar. A mudança que se seguiu tornou-se força transformadora, fonte de fecundidade missionária.

 

Em sintonia com Maria, testemunha de misericórdia em sua maneira de acolher o desígnio de Deus, foi o tema do último dia. Seu FIAT na anunciação fez acontecer a salvação da humanidade. Ela foi a ponte na qual o Pai manifestou seu desígnio de amor.

 

Maria, mulher de interioridade é encruzilhada de encontro da trindade santa: o Pai lhe comunica seu desígnio de amor sobre a humanidade por intermédio do anjo e ela disponibiliza todo seu ser para deixar fecundar, pelo Espírito, o Verbo. Ela provoca a alegria da prima Isabel com quem partilha a graça da salvação. Em Maria, ser serva do Senhor, se traduz em acolhida, confiança, abandono e obediência ao desígnio de Deus, em deixar que o verbo se faça carne nela, em viver no cotidiano os imprevistos de Deus, em viver interiormente em sua presença.

 

E eu como sou serva do Senhor hoje?

 

Nosso retiro se encerra com um almoço de festa. Foram dias de silêncio, oração, partilhas... À tarde tivemos, um momento de encontro de ação de graças e gratidão com as irmãs da Casa Mãe; elas foram para nós testemunhas de acolhida, de alegria, de relações fraternas, espírito de família e de missionariedade.

 

Grandes emoções na despedida e ao deixar a Casa Mãe, muito querida e continuar nosso processo em Roma.

 

Nosso abraço fraterno a cada uma,

 

 

Suas irmãs da comunidade Coraly: Ana Maria, Myriam Beatriz, Maria da Penha, Carmen Halim e Denize Mendes.

 

 

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1° jornal da reciclagem 2016

Para ver as fotos escolha o ábum em cada dia logo abaixo do jornal

 

Castres, 13 de outubro de 2016

 

 

 

Queridas irmãs e irmãos,

 

 

 

 

 

Queremos partilhar com vocês um pouco do que estamos vivendo como grupo de reciclandas/2016.

 

Com o início marcado para dia 1º de outubro, pouco a pouco as irmãs convidadas foram chegando na Casa Mãe. Aqui fomos acolhidas com carinho pela comunidade e pela equipe de animação geral que pensaram e prepararam tudo em seus mínimos detalhes para que tivéssemos um ambiente propício para iniciar este tempo e reavivar nossa identidade e missão - objetivo desse encontro.

 

 

 

Após as orientações gerais e retomada da programação, uma celebração nos permitiu percorrer, calma e intensamente, diferentes lugares da Casa Mãe: a entrada - retomando o ícone das chaves: com as chaves de Emilie, reavivar nossa identidade e missão -, os corredores, as escadas, a capela, o quarto onde passou seus últimos momentos de vida, o jardim, o poço e seu túmulo. Todos estes ambientes falam muito fortes e nos convocam a renovar nossa esperança e entusiasmo para manter vivo o carisma que nossa Boa Madre nos deixou.

 

 

 

Ainda na noite do dia 1º, participamos de um recital oferecido pelo grupo GAJ na capela da Casa Mãe por ocasião da clausura do Ano de Emilie em Castres. Eles mostraram assim “ o rosto alegre da Igreja da França. São jovens engajados testemunhando sua fé e compromisso por meio de lindas canções,  inclusive as de Emilie: Emilie, comme toi nous avons entendu la voix du Seigneur... Emilie, como você, escutamos a voz do Senhor ....

 

 

 

Dia 3 de outubro, dia de Emilie, tivemos momentos de estudo e reflexão com os temas: Mulher centrada em Deus Só e Discípulas de Jesus Salvador, perfeitamente adequados para esta data e, às 18h em La Platé a celebração eucarística presidida pelo arcebispo de Albi, Mons Jean Legré, mostrando como Emilie é querida, amada e se torna cada dia mais conhecida e admirada pelo carisma que deixou a todos os que desejam tê-la como modelo de vida. Nesta celebração, foi bento o 34º sino do carrilhão da Igreja de La Platé, com 450 quilos e no qual estava escrito: eu me chamoEmilie, eu canto pela paz. Muitos leigos, amigos de Emilie - como são chamados aqui em Castres - estavam presentes. Após a celebração, um coquetel na igreja e a seguir um jantar de festa na Casa Mãe com a presença do bispo, dos padres da diocese, dos diretores da escola e da residence Emilie de Villeneuve e todas nós que tivemos o privilégio de estar aqui nesta festa.

 

 

 

A programação continua ... O estudo dos temas propostos são feitos coletivamente ou por meio de reflexões individuais e em pequenos grupos de modo a ter o tempo necessário para aprofundar  conteúdos que nos convidam a rever nossa caminhada. As visitas aos lugares por onde Emilie passou ajudam a reavivar nossos compromissos. No castelo de Hauterive, fomos recebidas por Mme Brigite de Villeneuve (há dez dias perdeu seu marido Louis de Villeneuve) que abriu literalmente as portas do castelo. No jardim, com as mãos sobre a mesa de pedra, renovamos nossa opção de seguir a Jesus nos passos de Emilie. Fizemos uma caminhada pelo pátio do castelo, vimos a sacada de onde Emilie, olhando os campos que circundam o castelo, segredou a sua amiga Coraly, o quanto lhe custava deixar seu pai e aquele lugar que lhe era tão querido. Mas algo mais forte a atraiu: Meu pai, é por Deus que o deixo, quero servir os pobres.

 

 

 

Em seguida, entramos no salão do castelo. Foi uma emoção grande pois muitas de nós era a 1ª vez que entravam no interior do castelo. Olhamos tudo, parecia-nos algo mágico estar ali naquela grande sala, tocar as cadeiras, os sofás da época, contemplar os quadros, pisar nos degraus daquela escada .... impossível descrever o que sentimos e experimentamos ... Não deixamos o castelo sem antes passar na capela onde Emilie rezou tantas vezes e, no cemitério onde estão enterrados os membros da família dos Villeneuve. Depois, fomos ao castelo de Gaïx, também repleto de sentido: olhamos ao redor, na frente, atrás, o jardim ... Queremos sentir todos os lugares por onde passou Emilie, queremos estar perto, registrar, fotos e mais fotos como que buscando garantir a memória desses momentos tão fortes e significativos que cada uma experimenta do seu jeito, de acordo com a bagagem dos anos de vida, todos carregados de muitas experiências. O final da tarde foi reservado para uma visita à comunidade de Lautrec – lugar onde era a capela que Emilie fez o ato de abandono. Encontramos na comunidade das irmãs M. Sylvie, Paule e St. Vital, as testemunhas vivas de uma vida consagrada inteiramente entregue a Deus e aos irmãos: pessoas acolhedoras, alegres, entusiasmadas, missionárias dentro da própria casa. Não poderíamos terminar de outra forma este dia tão rico ...

 

 

 

Toulouse fez parte do roteiro; fomos renovar nossa fé e nossos compromissos batismais junto à pia onde Emilie foi batizada. Não menos significativo foi ler a carta às quatro primeiras missionárias, nas três línguas, diante do quadro de São Francisco Xavier.

 

 

 

Deixamos Toulouse rumo Pibrac, o vilarejo onde viveu Santa Germaine, a camponesa amiga dos pobres e rejeitada por seus familiares, a quem Emilie rezou para que cessasse a epidemia do cólera. O livro de Memórias nos conta que Emilie foi até Pibrac com uma noviça, uma postulante e uma aluna. O guia local, também nos traz detalhes interessantíssimos da vida desta humilde Santa: seu corpo foi encontrado intacto 40 anos após sua morte, o que atraía muitos peregrinos a este lugar. Durante a revolução, os revolucionários tentaram destruir seu corpo, mas isso não impediu que a devoção continuasse e, finalmente, foi beatificada e canonizada num curto espaço de tempo. Não poderíamos deixar de visitar Albi com sua imponente catedral, cuja construção durou mais de dois séculos. Um guia explicou o significado de toda as pinturas e esculturas que tinham como objetivo a catequese do antigo e novo testamento.

 

 

 

O sábado dia 8 foi reservado para irmos à casa de nossa Mãe: Lourdes impressiona pela grandiosidade que contrasta com a fragilidade da vida retratada na presença de tantas pessoas debilitadas, idosas e em cadeiras de rodas. Com muita liberdade - um traço característico deste encontro - cada uma pode ir aos lugares que deseja: o santuário, a gruta, os oratórios com o santíssimo exposto, as via-sacras, participar da celebração eucarística na língua escolhida, confessar-se ... E assim passamos a manhã, porque a comunidade de Cité Saint Pierre nos esperava para o almoço. Esta é uma comunidade cuja missão é acolher peregrinos que não têm condições de pagar um hotel. Estão a serviço de Cristo e dos pobres numa Instituição da Caritas Internacional. Ali, as irmãs coordenam e orientam grupos de voluntários que prestam esse serviço. Impressionate o espírito missionário que perpassa a vida e a missão dessas irmãs idosas, mas ativas. Após um encontro com o diretor do centro que nos ofereceu um café, visitamos a casa das irmãs e depois nos despedimos levando uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes como lembrança que elas nos ofereceram.

 

 

 

Guiadas por irmã Jean Marie, vamos até o museu, a casa dos pais de Santa Bernadete e à antiga prisão onde morou com sua família por vários anos. Com um dinamismo impressionante, essa irmã com mais de 80 anos, nos conduz por todos esses lugares. E, finalmente chegamos à comunidade de Soum, onde as irmãs Marie Simone, Hélène Marie e Françoise nos esperam com um delicioso lanche e um carinho que é a marca do espírito de família que encontramos em todos os lugares por onde passamos.

 

 

 

Depois de um dia intenso em Lourdes, a manhã do domingo livre nos permitiu descansar, fazer memória dos momentos mais fortes e celebrar tudo isso na missa da catedral Saint Benoît às 11h. E à tarde, tivemos o privilégio de conhecer a comunidade Saint Jacques em que as irmãs partilharam a missão que realizam aí e deram um lindo testemunho da vida fraterna que vivem. Segundo a expressão delas é a comunidade ideal que sempre sonharam: fraterna e missionária.

 

 

 

Vale a pena dizer que a este grupo de reciclandas foi proposto constituir três comunidades de vivência e escolheram um nome: Emilie, Coraly e Hauterive; um espaço diferente dos coletivos, em grupos por língua ou mesmo individuais. Essa organização propicia momentos de partilha mais profundos dos temas estudados, assim como facilita o conhecimento de pessoas com diferentes formas de ver e ler o mundo.

 

 

 

Esta primeira etapa da reciclagem se encerra com a visita à Residence Emilie de Villeneuve. As irmãs que ali vivem entregaram sua vida à missão, muitas delas na África e, agora vivem sua missão acompanhando a congregação e a situação do mundo por meio de suas orações. Às 18h do dia 10 de outubro, iniciamos o retiro orientado por M. Philomène, senegalesa, a parte liturgica animada por Eliane Claire, gabonesa; as duas em missão na Casa Mãe.

 

 

 

Este é um momento de agradecer, agradecer e agradecer tudo o que temos vivido nestes dias.

 

 

 

Suas irmãs da Comunidade Emilie

 

Maria Yolanda, Vicenta (Irene), Clara, Clotilde Thérèse, Begoña, Marly Benachio

 

 

 

 

Site da Congregação em português

 

Site da Congregação em francês

 

 

 

1° de outubro de 2016: Abertura da reciclagem na Casa-Mãe

Com todas já presentes, mais a companhia de Eliane Claire e Marie Philomène que fazem parte da comunidade da Casa Mãe, Michele Cancalon dá as boas vindas e faz as orientações práticas da casa e em seguida, Nuria faz mensagem de acolhida.

 

Às vésperas do início da reciclagem, tivemos a alegria de escutar um concerto com o grupo GAJ de Castres, evento dinamizado pelo grupo dos amigos de Emilie de Castres, em preparação à grande festa do dia 3, concluindo o ano da canonização de Emilie.

 

Foi um momento de prazer e alegria escutando músicas para Emilie, católicas e outras de França, Também um momento de interação, pois ao final, a plateia teve a surpresa de escutar músicas dos países de onde as reciclandas vieram, pois foram chamadas a enriquecer o repertório.

 

A capela estava lotada e alguns na tribuna. Foi um começo diferente, alegre e em interação com a comunidade castrense.

 

3 de outubro : Festejando Santa Emilie em La Platé

" No dia da festa de Emilie, o grupo das reciclandas refletiu, aprofundou e rezou sobre a Espiritualidade.

 

No final do dia, uma linda celebração eucarística na Igreja de La Platé, seguida de um coquetel com as irmãs, os leigos amigos de Emilie e todos os presentes. Depois, um jantar na Casa Mãe.

 

Durante a celebração, foi bento o 34º sino do carrilhão de La Platé chamado Emilie."

 

4 de outubro: Mulheres centradas em Deus Só!

o grupo das irmãs reciclandas/2016 dá continuidade ao encontro refletindo, em "pequenas comunidades" sobre o tema "Mulheres centradas em Deus Só".

 

Com Irmã Christiane conhecemos todo seu trabalho de organização dos arquivos.

Ver fotos>>

 

5 de outubro: Visita do Castelo de Hauterive, de Gaïx e Lautrec


Faz parte da programação visitar lugares onde viveu Emilie. Em Hauterive, em torno da mesa de pedra, reuniram-se as reciclandas para renovar sua entrega a Deus a serviço dos pobres.

 

Não foi menos significativo rezar na capela, em frente ao castelo, andar pelo jardim e contemplar a sacada onde Emilie segredou a sua amiga Coraly o quanto lhe custava deixar seu pai e o castelo que lhes eram tão queridos.         

 

Foi emocionante, também, entrar no Castelo de Gaïx e rever os lugares onde as duas amigas  conversavam sobre seus projetos.

 

Finalmente, a visita à comunidade de Lautrec - lugar onde Emilie fez seu ato de abandono - encantou a todas pela recepção, carinho, espírito missionário e entusiasmo das irmãs Paule, M. Sylvie e St. Vital.

7 de outubro: Visitas de Toulouse, Pibrac e Albi

Intercalando dias de estudo e de celebração, as reciclandas foram visitar outros lugares por onde Emilie passou:

 

• Na catedral de Toulouse, próximo à pia onde Emilie foi batizada, as irmãs reciclandas renovaram a fé e, consequentemente, seu compromisso de viver o 4º voto. E, diante do quadro de São Francisco Xavier, onde foi lida a carta às quatro primeiras irmãs missionárias, cada uma das presentes renovou seu próprio envio à missão onde Deus a chama hoje.

 

• Pibrac, lugar simples, mas que fala alto aos seguidores de Emilie, pois foi aos pés de Santa Germaine que ela foi rezar por ocasião da epidemia do cólera acompanhada de uma noviça, uma postulante e uma aluna.

 

• Na imponente catedral de Albi, cuja construção demorou mais de dois séculos, um guia fez a explanação do significado de toda as pinturas e esculturas que tinham como objetivo a catequese do antigo e novo testamento.

 

9 de outubro: Visitas Lourdes - Castres - Residência Emilie de Villeneuve

Conforme a programação, a peregrinação a Lourdes enriqueceu nosso caminho de vivência de fé. Estar no meio da multidão que povoa Lourdes e rezar junto nos faz sentir mais Igreja. Foram momentos muito ricos de oração, trazendo as intenções de pessoas queridas que fazem parte da vida e missão e colocá-las de todas aos pés de Maria.

 

Conhecer Cité Saint Pierre onde as irmãs têm a missão de preparar e orientar voluntários e benfeitores fez o grupo das reciclandas sentirem-se corpo congregacional junto com a comunidade que ali trabalha. O diretor do centro de acolhida aos peregrinos testemunhou a importância das irmãs nessa missão.

 

Antes de voltar a Castres, faltava conhecer a comunidade de Soun, uma comunidade alegre e entusiasmada que nos recebeu com um delicioso lanche e o carinho que revela o espírito de família presente em qualquer comunidade das irmãs azuis.

 

Antes de iniciar a semana de retiro, momentos muito especiais na Rue Tolosanne - primeira residência de Emilie, na prisão e na comunidade Saint Jacques cujo testemunho de alegria, fraternidade e espírito missionário das irmãs dessa comunidade encantou a todas.

 

Bem próxima da Casa Mãe, a Residence Emilie de Villeneuve acolhe e cuida de irmãs missionárias agora doentes e debilitadas. São testemunhas de vidas entregues e doadas na missão que convocam as irmãs de hoje a darem continuidade a este projeto.

 

10 de outubro de 2016: Retiro espiritual

Terminada a primeira parte da reciclagem, uma parada para aprofundar ainda mais os temas refletidos por meio de alguns dias de retiro, de 10 a 15, com o tema: Em sintonia com a experiência de Deus vivida por Emilie.

O encontro de Jesus com Simão (Lc. 7, 36 - 50) e com a Samaritana (Jo. 4, 5 - 42) fundamentaram a oração e reflexão, nesses primeiros dias de retiro. Tanto em um como em outro pode-se perceber a pedagogia que rege a relação de Jesus com Simão, com a mulher pecadora, e com a samaritana: a pedagogia da misericórdia que perdoa e dignifica a pessoa.

 


Cronograma

Reciclagem de 1 a 31 de outubro de 2016

Segunda-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

Domingo

 

 

 

 

 

1

Boas vindas

Visita a Casa Mãe

Celebração de abertura

2

Festa de Emilie e celebração

Apresentação e organização

3

Espiritualidade Carisma

Missa  La Platé, com o bispo 18h  

4

Visita Lautrec, Hauterive, Gaix

5

Mulher centrada em Deus Só

Discípulas de Jesus Salvador

6

Visita Toulouse

Pibrac e Albi

7

Busca da Vontade de Deus

 

8

Visita a Lourdes

 

9

Castres

Missa - Catedral visita  La Platé

prison, place

10

Síntese

Tarde partilha

Inicio retiro 18h

11

Retiro

12

Retiro

13

Retiro

14

Retiro

15

Retiro até 12h

Tarde Encontro  irs da casa mãe

16

Viagem a Roma

 

17

Acolhida

Visita a casa

ao bairro

18

Visita S.J.Latrão, Scala Santa,

Sta Maria Maior

 

19

Audiencia  Papa

Iniciar a História da Congregação

20

História da Congregação

 

21

História da Congregação

 

22

História da Congregação

 

23

Dia livre

 

24

Visita a Assis

 

25

VR: um modo de vida significante para hoje

 

26

VR: um modo de vida significante para hoje

 

27

VR: um modo de vida significante para hoje

 

28

Ressignificação do 4º Voto

29

Síntese vital

30

Visita Museu Vat

31

M-Avaliação e

 T- celebração

 

Obs.: a pessoa que prepara o tema se responsabiliza por iniciar com a oração .