História de Emilly


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História de Emilly Maria de Souza

 Roma, 11/06/2014

Queridas Irmãs e Irmãos,

Tendo recebido muitos pedidos de enviar a HISTÓRIA DE EMILLY MARIA DE SOUZA, neste Informativo vou satisfazer esse pedido. 

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História de Emilly Maria de Souza

 Emilly Maria de Souza nasceu no dia 2 de agosto de 2007 na Cidade de Orocó, Pernambuco, Brasil. São seus pais: Luiz Viturino de Souza e Edilene Maria de Souza.

Seus avós maternos, Sr. José Rafael Filho e Sra. Helena Maria da Silva moram em Petrolina, no Bairro chamado Jardim Petrópolis. Os pais de Emilly e seus três filhos acabavam de se transferir para esse local e estavam hospedados na casa do Sr. Rafael.

 

Irmã Ana Célia de Oliveira nos apresenta esse local e os primeiros acontecimentos do acidente ocorrido com Emilly Maria de Souza.:

 

“Jardim Petrópolis é uma comunidade excluída e empobrecida pela situação sociopolítica. Ao iniciar essa missão, as famílias tornaram-se prioridade para mim. Estava atenta às necessidades das famílias e do bairro. Participava e incentivava as pessoas a participarem das reivindicações para a melhora das pessoas e do bairro.

 

A Família do senhor Rafael estava sempre comigo ajudando e animando as pessoas. Na humildade e simplicidade, ele ofereceu sua casa para a Reflexão Bíblica, as celebrações dominicais e até mesmo para um projeto de Educação: “Pernambuco Alfabetizado”. Muitas reivindicações fizemos aos órgãos públicos para o bairro ter água, luz e melhores condições de vida.

 

Deus olhou para a humildade desta família! Todas as quintas feiras e finais de semana eu estava com eles. O sol quente do dia e a escuridão da noite, pois não havia luz nos postes, não me afastava do compromisso assumido.

 

No dia 05 de maio de 2008, ao chegar em casa para almoçar, Ana Lúcia Galdino comunica-me que tinham telefonado do Jardim Petrópolis que a netinha do Sr Rafael havia sofrido o choque elétrico no ventilador e tinha ido muito mal para o hospital Dom Malam e estava na UTI. Imediatamente peguei o santinho da Boa Madre Emilie que tem a relíquia do seu véu e pedi a Deus, pela intercessão de Emilie que não deixasse a criança morrer e que a curasse. Ao rezar, saiu uma força que não era minha, mas de Deus e deu-me a certeza, na fé que o bebé iria viver e ficar totalmente curado. Este santinho guardava comigo há muitos anos e já tinha dito para mim mesma que não daria para ninguém, pois nas minhas dificuldades, pedia a Deus por intercessão de Emilie e segurando o santinho na mão eu era atendida. Comuniquei o ocorrido para as Irmãs e rezamos juntas.

 

No dia 8/5 fui para Jardim Petrópolis com Ana Lúcia Galdino (Aspirante) fazer reflexão bíblica nas casas e ao chegar na casa do Sr Rafael a família estava totalmente desmoronada e triste. Acalmei a família dizendo que a bebê iria ficar boa. Perguntei o nome da criança e ao perceber que tinha o nome parecido com a de nossa fundadora disse: Emilly tem o nome parecido com o de nossa fundadora Emilie, peguei o santinho que tinha a relíquia, rezamos pedindo a cura de Emilly e pedi que levassem o santinho e colocassem junto da criança no hospital. Pedi uma foto dela e trouxe para casa e coloquei junto ao Santíssimo. Emilly tinha nove meses”.

 

No dia do acidente, Emilly Maria de Souza tinha, portanto 9 meses, estava na casa dos avós maternos.

O local é muito quente e o ventilador estava ligado no chão com um fio de extensão. Emilly estava no chão, já engatinhava. O pai foi atender o telefone que tocou.

 

Fabio, o tio, entra em casa e vê a menina com o dedo na tomada e quieta; ele suspeita da situação, toca na menina e diz: “tomou choque!” Rapidamente desligou a extensão. Voltando, o pai viu Emilly toda encolhidinha. Pegou a menina pelos braços, já desmaiada, começou a puxar a língua e falou em alto tom: “Minha filha tomou um choque!”. O choque foi terrível... E saiu correndo pedindo ajuda. O cunhado o acompanhou ao posto mais próximo. O motorista do carro que os levou nem tinha carta de motorista, mas diante da Urgência não hesitou.

 

Chegando no Posto, Emilly estava roxa, desacordada, sem pulso nem respiração, com parada cardiorrespiratória. O médico a consultou e disse: “sua filha já está morta, o que querem que eu faça?” O pai insistiu dizendo: “Ela não está morta. Faça tudo o que puder”.

 

O tio, Fábio voltou para casa em prantos, afirmando que o médico não tinha dado esperança. Nesse momento todos, na sala, começaram a chorar.

 

O médico de plantão, Dr Jairo de Lima Ferreira tentou reanimá-la. Habitualmente os médicos fazem reanimação durante 20 minutos. No caso de Emilly ele insistiu durante uma hora. Quando o coraçãozinho dela começou a bater, ele subiu na ambulância e levou-a ao hospital Dom Malan.

 

Quando Emilly chegou no Hospital, estava muito grave, entubada, largada, descompensada, arroxeada.

 Nesse hospital não havia UTI infantil. A Médica coordenadora do Setor Dra. Maria Nazaré Marinho Alencar, pedia há dois anos, autorização para abrir a UTI infantil, mas sempre recebia resposta negativa: “não temos condições”.

 

 Na véspera do acidente de Emilly, a Dra. Maria Nazaré recebeu um telefonema que lhe transmitia a autorização de abrir a UTI infantil. E, no dia seguinte, chega Emilly Maria de Souza. Foi o número 1 da UTI infantil do hospital Dom Malan.

 Ela ficou 10 dias na UTI e 6 dias ma Pediatria. O médico que a acompanhava disse aos familiares: “Se Emilly sair com vida, não vai enxergar, não vai ouvir, não vai falar, e muito menos andar”.

Emilly saiu do hospital no dia 20 de maio. Ela não enxergava, não falava, só chorava e não segurava o pescoço: este ficava virado para trás.

 

No dia 21 de maio começamos a novena à Madre Emilie de Villeneuve. Quando terminamos a novena no dia 29, Emilly não chorava mais e começou a sentar-se. E no dia 30, às 18 horas, seu estado clínico mudou completamente. Ela voltou a comer, enxergar, falar e seu pescoço ficou normal.

 

A partir dessa data foi se desenvolvendo como uma criança normal, com as características próprias de sua idade. E hoje é uma criança linda, alegre e comunicativa.

 

Quanto ao Processo de Canonização, após a aprovação dos médicos, o documento está sendo preparado para ser apresentado aos Teólogos. Quando receber a notificação da data, avisarei para que permaneçamos unidas e unidos, confiando ao Sagrado Coração de Jesus por meio do Coração Imaculado de Maria essa etapa tão importante.

 

Sempre unida a cada uma e a cada um

 

Maria Luiza Ayres